RECHEIO — Com emoção
#️⃣ Edição 101
Vamos fazer conteúdo com emoção
Você já deve ter vivido em algum momento a expectativa de “emocionar a audiência”. Pode ser por uma campanha ligada ao propósito da marca ou na repercussão de alguma ação de muito impacto. Aquela vontade de deixar lágrima nos olhos do público. E provavelmente não foi isso que acabou acontecendo.
Apesar do que muita agência por aí gosta de propagandear, emocionar pessoas com mensagens de marca não é tão comum. Dizer que uma “marca emociona” é um mito que a gente finge que acredita toda vez que alguma campanha sai premiada em algum festival da Europa.
A realidade é que as emoções que o público realmente vive no dia a dia estão muito mais ligadas ao mundano: frustração, raiva, alívio e raiva de novo. Na rotina, muitas vezes a gente esquece, mas a boa emoção numa estratégia de conteúdo tem mais a ver com utilizar o humor certo para atender a maneira como o público está se sentindo.
Ou seja, seu foco deve ser menos em fazer chorar de emoção e mais em fazer suspirar de alívio.
Lembre-se sempre que seu conteúdo funciona como uma mensagem (às vezes, literalmente) que chega em um momento da jornada do seu público em que ele pode estar sentindo coisas diferentes…
…Frustração, pois não consegue ativar uma função do app.
…Confusão, pois não está entendendo o benefício do produto.
…Empolgação, pois acabou de contratar o serviço.
Encontrar o tom exato para corresponder a essa emoção é a chave para realmente ter impacto. É assim que você consegue transmitir a mensagem de maneira mais efetiva, além de “emocionar” no tom que seja favorável para a marca.
Menos emoção
Mas isso não significa usar recursos do tal Marketing Emocional, que até funciona em campanhas de posicionamento, mas não são efetivas na hora de fazer conteúdo.
Realismo emocional é quando o cliente sabe o que está sentindo naquele momento e não curte ser manipulado para mudar de humor só porque sua marca está com uma mensagem felizona.
Esse, inclusive, é um dos dilemas para marcas que estão sempre muito felizes. Seu tom neutro deve ser a medida para os demais tons. Então, se sua marca é sempre animada, fica impossível “subir o tom” quando quiser chamar atenção.
É por isso que o correto é Tom & Voz, e não Tom de Voz (muita gente confunde…)
A voz é a personalidade única da marca e nunca muda. O tom, sim, é ajustado dependendo da situação e do humor da mensagem.
Então não, sua marca não precisa ser feliz O TEMPO TODO. Ela precisa encontrar o tom correto e a emoção correta no momento correto.
Afinal, fazer conteúdo também é transmitir mensagens chatas, burocráticas ou até ruins algumas vezes. Ninguém quer dizer que o desconto acabou ou que um recurso não está funcionando, mas a comunicação precisa existir. Faça do jeito alinhado ao humor do seu público e você vai conseguir emocionar sem sofrer.
RECEITA SECRETA
Dicas e estratégias que usam por aí
Sabe o que vai ajudar os seus posts de social a terem mais engajamento? Você se engajar mais também. Quanto mais você está em atividade no seu perfil, mais alcance seus conteúdos vão ter. Então, sempre antes de postar, façar coisas como:
Comente em posts relevantes de perfis do seu nicho.
No LinkedIn, interaja com posts de conexões estratégicas.
No Instagram e TikTok, comente em Reels ou vídeos de perfis com boa audiência.
Responda DMs e comentários antigos. Isso ativa o algoritmo e faz com que mais pessoas vejam seu novo post.
Reaja a Stories, mesmo sendo uma interação simples, ela causa efeito em volume.
Tente fazer isso pelo menos 1 hora antes de postar e de maneira consistente. O alcance para sua base de seguidores vai melhorar.
TÁ QUENTINHO
As principais novidades e tendências do mundo do conteúdo
Brasil sob influência
A nova edição do DataReportal saiu e traz os dados de fechamento de 2024, com os principais crescimentos e comportamentos do ano na internet. O que eu vou destacar aqui é que o Brasil ficou como segundo país do mundo onde as pessoas mais seguem influenciadores (atrás apenas das Filipinas): 41,8% dos brasileiros que têm perfis em redes sociais seguem algum influencer, enquanto a média global é de 22%. Em geral, a maioria de seguidores é de mulheres em todas as faixas etárias. Uma cultura bem brasileira…
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LinkeVídeo
O LinkedIn foi invadido por vídeos de todos os tipos nos últimos 8 meses. E parece estar dando certo para quem embarcou na trend. Os views na plataforma cresceram 36% entre outubro de 2024 e janeiro deste ano — o dobro dos demais formatos. A rede social profissional empolgou e vai incentivar mais publicações do tipo através de seu programa de publishers.
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AI que preguiça
Um estudo da Carnegie Mellon University com a Microsoft identificou que pessoas que usam ferramentas de Inteligência Artificial para realizar tarefas desenvolvem menos pensamento crítico, o que pode resultar em “deterioração de faculdades cognitivas que deveriam ser preservadas”. Pois é… 319 casos foram estudados, envolvendo profissionais de saúde, finanças, educação e outras áreas do saber. O estudo também revelou que pessoas que recorrem muito ao uso de IA têm resultados menos diversos para as mesmas tarefas, o que reflete uma falta de pensamento individual e contextualizado. Ao usar IA Generativa demais até para tarefas simples, nossa tendência é deixar de julgar o que estamos recebendo como resposta.
Na semana passada eu falei de Inteligência Artificial também:
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Mais IA no Google
E por falar nisso, um relatório da BrightEdge mostra que o Google tem entregado respostas cada vez mais longas através do recurso AI Overviews. O que antes eram pequenos resumos em frases que apareciam no topo da busca estão se tornando respostas de vários parágrafos ou tópicos, muitas vezes com imagens. O estudo aponta que 15% das queries com 8 ou mais palavras estão exibindo respostas de IA, uma tendência que tem aumentado desde agosto de 2024. Sites de marcas de grande autoridade têm sido as mais citadas nas respostas, reforçando a importância de ter profundidade e variedade em um tema específico para ser reconhecido como referência (e, talvez, acabar perdendo audiência…)
É CASE QUE VOCÊ QUER, @?
Então se liga aqui nesse exemplão de conteúdo.
Eu já falei antes aqui da Leroy Merlin, que usa conteúdo de reformas e cuidados com o lar para deixar o público cheio de vontade de comprar materiais de construção, etc. Eles fazem isso muito bem com a nova newsletter deles, que traz uma reunião de conteúdos evergreen publicados no blog. A edição #2 destaca jardinagem de um jeito prático e que incentiva muitos cliques. O mais interessante? No dia seguinte em que engajei com este email, recebi ofertas com descontos. Ou seja, a estratégia ainda vale: primeiro você engaja, depois você vende.
BOCADITOS
Links rápidos para leituras demoradas.
• Passo a passo para bombar no Reels [Hootsuite]
• Tudo o que você precisa saber sobre crossposts [Buffer]
• Guia para criar um calendário de social [Sprout]
Obrigado pela leitura!
Esta é a newsletter RECHEIO. Toda quinta-feira, às 07h08, conteúdo que importa direto no seu e-mail (menos na semana passada, que não consegui fechar a tempo :/ ).
Por Alberto Cataldi, diretor de marketing de conteúdo e jornalista. Me segue lá no Linkedinho que também compartilho coisas deste universo (e memes).
Quero saber o que achou! É só responder este email. Mande elogios, dúvidas e críticas.
Até a próxima!